Bem-vindos
Quero compartilhar com vocês o novo desafio que estou abraçando,
aqui em Capão da Canoa. Todos que passarem pela cidade estão convidados a participar
REFLEXÃO SEMANAL N°:219 14 de julho de 2024 Reflexión semanal Opção ou obrigação Ando muito confuso com a tal da liberdade de ação do ser humano! Os bandidos não devem ser presos porque seus atos são frutos da falta de oportunidade com que se depararam na sociedade. Os corruptos precisam ser compreendidos porque seus atos são resultantes de nossa cultura. Os destruidores da natureza não o fazem por querer, desconhecem as leis da natureza e da ecologia. Agora, os que não seguem os mandatos do matrimônio são uns sem-vergonhas. Os que são moralistas são uns preconceituosos. Sempre me impactou a duplicidade ao se julgar o acionar humano. Distorcemos boa parte do que nos é ensinado, Quando Cristo pediu ao Pai que nos perdoasse, porque não sabemos o que fazemos, ele não pediu que ele nos eximisse da responsabilidade de nossos atos. Se você ler a Bíblia com cuidado, vai observar que ele valoriza tanto cada ser humano que considera todos nós seus irmãos. Ele amava todos os seres vivos, mas ele dizia que somos capazes de realizar milagres porque, além de termos uma capacidade reflexiva, que nos concede o livre arbítrio, podemos ser salvos pela fé não só em Deus, mas também em nós mesmos. A psicologia moderna reconhece que estamos imersos num inconsciente, individual, coletivo e vital e que não somos culpados de grande parte de nossos atos, mas sim somos responsáveis por eles. Quem não é responsável é um psicopata que não deve ser castigado por isso, mas deve ser separado da sociedade para proteger a si mesmo e aos demais. Reflito sobre tudo isso, porque nossa sociedade por um lado é complacente demais e por outro intransigente. Vivemos hoje sobre o império castrador do politicamente correto que nos julga como preconceituosos só por termos uma ideia diferente da maioria e por outro nos obriga a aceitarmos como “normal” o diferente. Vejamos o caso da diversidade sexual sob a ótica do que vimos até agora. Estou de acordo que existe organicamente homens, mulheres, pessoas intersexos e as hermafroditas. Existe a construção social que nos classifica como masculinos e femininos e que em alguns casos aparecem não concordâncias entre o gênero e a expressão orgânica. Também estou de acordo com que podemos ser atraídos por pessoas de um mesmo sexo, de outro ou, ora por um, ora por outro. O que tenho dificuldade em entender é que não possamos ser donos de nossa identidade ou decisão. Aceitar-se em suas preferências por atração, gênero e expressão orgânica não significa uma obrigação e sim uma orientação ou uma válida opção e qualquer decisão deve ser respeitada. Mas acredito que todo o ser humano tem livre arbítrio e como tal possui a liberdade de assumir ou não o que quiser. Não é culpado por isso, mas é responsável por isso. Pensemos em outro tipo de opção: a monogamia e a poligamia. Independentemente do sexo pelo qual você é atraído, se estiver casado, você assume um contrato social de fidelidade com seu cônjuge. Este contrato não acaba com a atração que você sente pelas demais pessoas. Mas você pode se dedicar a uma só porque valoriza outras coisas em uma relação: a cumplicidade, a estabilidade, a sustentabilidade, a simplicidade e outras “idades”. Estar casado não significa estar morto ou perder seu livre arbítrio. Significa ser coerente entre o que acredita, o que pode, o que deve e o que quer. Se alguns destes verbos você mudar ao seu bel prazer, sem mudar seu “status” matrimonial, você não será culpado, mas será uma hipocrisia e estará sujeito a ser responsabilizado por isso, nem que seja somente pela perda do amor ou da confiança da companheira ou companheiro. Será que não chegou o momento de voltarmos a recuperar a divindade do ser humano valorizando seu poder de decisão sobre seu próprio destino? Será que não chegou o momento de verdadeiramente valorizarmos a diversidade como algo divino, ou seja, que o diferente continua tendo a capacidade do livre arbítrio? Que o diferente possua opções e não que seja escravo de só uma opção? Reconheço que o livre arbítrio cresce com o conhecimento e é por isso que proponho o estudo deste tema tão complexo. Abraços, palavras e novas perspectivas Cláudio Goidanich Kraemer |
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