GymCoach
O GYMCOACH é a metodologia de aplicação do modelo SCRUM (Simplicidade, Criatividade, Realização, União e Motivação).
Nas práticas de implementação O GYMCOACH é a soma do “Simply management” proposto pelo alemão Martin Richenhagen, atual CEO da AGCO; do foco criativo e precisão, proposto pelo COACH ONTOLÓGICO, desenvolvido pelos chilenos Rafael Echeverría e Fernando Flores; da qualidade das relações e dos vínculos obtidos através das práticas da BIODANZA, criada pelo chileno Rolando Toro e a motivação gerada da percepção dos resultados obtidos pelas práticas desportivas, em especial pelo Rúgbi.
Para a implementação desta metodologia o engenheiro Cláudio Goidanich Kraemer desenvolveu ferramentas de assessment para medir, além de situações estáticas, os movimentos implementados pelos gestores das organizações em seu comprometimento e governança das organizações.
Entre outras novidades nesta metodologia utiliza no feedback as linguagens corporal e emocional que comunicam mais do que a linguagem verbal. O uso destas linguagens viabiliza feedbacks autênticos, autorregulados e progressivos que assim se transformam em ferramentas de motivação além de melhoria da gestão.
Modelo Teórico do GymCoach
Nas organizações, o sentir, o pensar e o agir são o resultado da construção de uma realidade a partir de recursos e propósitos utilizando as dimensões de poder da comunicação que viabiliza os movimentos e governança que dão sentido e motivação aos mesmos.
Humberto Maturana, ao criar o conceito da “Autopoiesis”, propôs que cada célula de nosso corpo busca sobreviver na constante mudança das condições do ambiente em que se desenvolve. Esta constante procura da sobrevivência se dá através da reprodução, da adaptação e de novas formas de conexão e está guiada pelo que Maturana denominou de memória celular. Este pensamento de memórias celulares depois foi reafirmado e conceituado por Rolando Toro, como Inconsciente Vital na Teoria Biocêntrica.
Nas empresas, este inconsciente vital se encontra na cultura (DNA) de cada setor da organização que busca adaptar-se, reproduzir-se e vincular-se para sobreviver e, se possível, desenvolver-se.
A metodologia da Biodanza propõe que podemos desenvolver nossos potenciais genéticos de vitalidade, criatividade, afetividade, sexualidade e transcendência, através da obtenção de uma permissão cognitiva dos integrante às mudanças e depois por movimentos emocionados estimulados pela música.
A tradução conceitual da metodologia da Biodanza às organizações pelo GYMCOACH nos diz que as cinco linhas de vivência continuam existindo nas organizações, mas dentro da realidade de um organismo super-humano, ou seja, um organismo que em muitos aspectos supera as limitações de um ser humano individual. Então vejamos:
Vitalidade como resultado da comunicação:
A linha da vitalidade nas vivências humanas está ligada à sustentabilidade das ações ao longo do tempo. Na visão de Rolando Toro, esta vitalidade está otimizada quando o ser humano regula a dispêndio de suas energias (Regulação) e incrementa seu uso de forma paulatina (Progressividade).
Nas organizações, a linha da vitalidade se expressa através das linhas ou dimensão do poder de comunicação que vincula todos os participantes ou equipes formadas por estes. A progressividade na comunicação se traduz como capacitação e intensificação de novas formas de permissão de vinculação e a regulação como respeito aos limites da capacidade de comunicação do outro. Em uma organização os limites da produção não estão na ergonomia humana e sim na capacidade de comunicação e na divisão das tarefas e síntese dos resultados.
Criatividade como forma de governança:
A linha da criatividade nos seres humanos é gerada pela inspiração dos estímulos da realidade e expresso como novas possibilidades que resultam da síntese inovadora das soma destes estímulos inspiradores. Nas organizações é o resultado da governança das mesmas.
Governança organizacional é um conceito que engloba o conjunto de regras explícitas (normas), regras implícitas (cultura) e os caminhos e sistemas de permissão para a renovação destas regras. Os processos de adaptação, reprodução e de motivação às mudanças é que dão vida às organizações e grande parte deles estão organizados através da governança. Uma governança que pulsa se estruturando para aproveitar os estímulos das realidades percebidas e criadas, oportunamente se dissolve para dar a oportunidade à organização para que esta se adapte às mudanças do contexto.
Afetividade como efetividade das lideranças
As organizações, como organismos vivos, desenvolvem seus potenciais originais (recursos = pessoas + tecnologias + estruturas + governança) ao aprenderem, ao se deixarem afetar pela experiência. A afetividade como efetividade é o resultado do processo de criação de novas realidades, seu processo de comunicação e seu processo de governança. Podemos conceituar afetividade nas organizações como a liderança efetiva na utilização dos recursos. Efetividade que acontece quando a organização escuta ou se deixa afetar pela realidade (mercado ou necessidades) e afeta, através de suas estruturas, todos seus recursos para dar feedback às demandas da realidade. Entre as diversas formas de escuta, as mais importantes, para que a efetividade seja sustentável ao longo do tempo, são o reconhecimento, por parte do líder, dos liderados e vice versa.
Sexualidade como Produtividade
Esta linha de vivências é muitas vezes encarada como um tabu. Mas se a pensarmos como parte das organizações, ela seria somente a área de produção das organizações.
Como já mencionamos neste livro, ao conceituarmos as organizações como sistemas que produzem determinados resultados, os serviços ou produtos das mesmas, com foco dentro da organização (empresas) ou fora (instituições) desta é que dão sentido à vida das mesmas. Nas empresas poderíamos então renomear sexualidade como produtividade.
Assim como na sexualidade, a produtividade depende da interação dos recursos da organização e esta interação, para ser válida, deveria dar como subproduto o prazer a ser experimentado no momento da produção.
Talvez a maior revolução que as organizações, como organismos vivos, tenham experimentado seja a necessidade da geração de prazer, de reconhecimento e realização de seus participantes para que aqueles que realmente agreguem valor à organização, nela permaneçam. O que a princípio se denominou de Retenção de Talentos, hoje podemos denominar de desenvolvimento de geradores de vida, pois a própria vida da organização está em jogo quando nela permanecem somente aqueles que as sugam.
Transcendência como Sustentabilidade
O transcender humano, proposto por Rolando Toro, fala-nos de resultados maiores ao agirmos em grupo e de forma sincrônica. Resultados que se tornam surpreendentes quando entramos em ressonância com os demais.
As organizações, como organismos vivos, transcendem as pessoas que as compõe ao harmonizarem os interesses destas pessoas com as da comunidade, sociedade e toda natureza. Isto hoje já é reconhecido e se denomina de sustentabilidade.